Servidores municipais da Saúde protestaram ontem em frente à Prefeitura Municipal de Mossoró. Agentes de saúde, endemias e demais trabalhadores se concentraram na Unidade Básica de Saúde (UBS) Antônio Camilo, na Ilha de Santa Luzia que está abandonada e de lá seguiram em caminhada para a sede da Prefeitura, onde fizeram mobilização por toda manhã, dançando ao som de ritmos juninos.
Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde do Estado do Rio Grande do Norte (Sindsaúde/Mossoró), João Morais, os trabalhadores fizeram paralisação de 1 dia. Os manifestantes aguardavam oportunidade para falar com o prefeito Francisco José Júnior e entregar um documento com as reivindicações.
A pauta de reivindicações dos trabalhadores é extensa. “Melhoria na saúde pública, convocação dos concursados, plano de cargos de carreiras, ampliação das equipes de Saúde da Família”, são apenas alguns exemplos, diz. Os trabalhadores cobram também a regularização da distribuição de medicamentos da hiperdia, cirurgias eletivas (como as ginecológicas), reabastecimento e controle das farmácias, campanha salarial, reajuste de 20%, referentes às perdas de 2006, e também reajuste de gratificação do PSF em 59%, entre outros.
Os servidores querem ainda a reabertura da UBS da Ilha de Santa Luzia, que segundo eles, está abandonada.
Na terça-feira passada, os servidores participaram de uma audiência com o prefeito e secretários de saúde e administração. Na oportunidade, os trabalhadores mostraram a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2014 dos servidores municipais.
Francisco José Júnior ofereceu 6% de reajuste e afirmou que não poderia conceder 20% em função do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Segundo o Sindsaúde, esse percentual é insuficiente, longe do reivindicado, e avisou que a categoria, provavelmente, não aceitaria a proposta rebaixada.
Fonte:https://gazetadooeste.com.br/servidores-da-saude-protestam-por-melhores-condicoes-de-trabalho/
Ainda de acordo com o Sindsaúde, em Mossoró existem mais de 12 mil imóveis descobertos porque o número de agentes de endemias não tem sido suficiente, por isso a necessidade de contratação dos concursados. São 13 zonas sem tratamento.
Segundo a Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura, a negociação com o sindicato está acontecendo há algum tempo. O secretário de Comunicação, José de Paiva, acredita que a manifestação aconteceu porque já estava marcada. Ele afirma que a Prefeitura ofereceu 6% de reajuste salarial mais diminuição da data-base para fevereiro. “Eles queriam para janeiro, mas não seria possível”, fala. Uma nova audiência está marcada para 15 de julho, onde o sindicato deve apresentar os resultados das assembleias.