A Comissão de Assistência à Criança, ao Adolescente e ao Idoso da OAB, Subseção Mossoró, realizou, na manhã de ontem, na Escola Municipal Professor Antônio da Graça Machado, trabalho informativo e preventivo em alusão ao dia 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes.

A atividade consistiu, de acordo com Raquel Diniz, presidente da Comissão de Assistência à Criança, ao Adolescente e ao Idoso da OAB, em palestras com profissionais da área social e jurídica. “As assistentes sociais se utilizaram de fantoches para transmitir as informações necessárias aos alunos”, frisa.

Segundo ela, dez membros da comissão estiveram presentes ao evento, para dar suporte e, ao mesmo tempo, reforçar o trabalho da OAB no sentido de combater o abuso e a exploração contra a criança e o adolescente. “Nesse momento, ofertamos as palestras e, a seguir, apresentações de forma lúdica, didática. Nessas apresentações, informamos como denunciar, como recorrer à denúncia. Muitas vezes, vale salientar, esse tipo de crime acontece dentro da própria casa e as crianças ficam envergonhadas. Estamos passando para elas que elas precisam denunciar e, assim como outras crianças não têm essa informação, as que participam das palestras acabam por repassar isso para as demais”, salienta Raquel.

TRISTE AUMENTO

De acordo com o conselheiro tutelar, da 33ª Zona, Arnon Dutra, infelizmente os números desse tipo de crime têm crescido. “No primeiro trimestre do ano passado, tivemos três casos registrados de abuso e exploração. Mas este ano, esse número pulou para 7, o que representa um aumento considerável, infelizmente”, esclarece o conselheiro. “Muitas vezes, os agressores estão dentro da própria casa. São parentes próximos… Geralmente padrastos, tios ou outros parentes”, informa.

Ele explica, ainda, que o trabalho do Conselho, seja na prevenção e mesmo no combate a ações dessa natureza, é intenso, inclusive, expandindo-se para outras áreas, como a zona rural. “Os números da zona rural não chegam até nós porque muitas crianças têm medo de represálias e, também, pela dificuldade em denunciar”, frisa.

Para denunciar qualquer tipo de abuso sexual, exploração e violência contra crianças e adolescentes, o cidadão pode acionar o disque 100 ou mesmo o Conselho Tutelar mais próximo. “Estamos atentos e nossas ações chegam a vários lugares. É preciso que não aja temor de represálias e que as pessoas denunciem. Hoje, temos parceiros como a Polícia Militar, Polícia Estadual de Trânsito e a Guarda Civil Municipal”, finaliza Arnon.

Fonte:  https://gazetadooeste.com.br/oab-realiza-acao-de-combate-a-violencia/